Vocabulário e observações
Ayvy Rapytá – Ver Belas Palavras
Belas Palavras – Ñe’ẽ porã em guarani. É como se chama o Canto Sagrado Mbyá-guarani.Também conhecido como Ayvu Rapytá.
Chacra – Roda em sânscrito. Se refere aos vórtices de energia formados nos lugares de interconexão dos principais e maiores nadis. O corpo sutil humano possui sete chacras principais. A Terra – Gaia, com um corpo vivo também tem seus canais sutis, e os lugares de interconexão e encontro desses canais conhecidos como Chacras da Terra. Y-Guaçu é um desses chacras.
Chacra secundário – Milhares de chacras ou vórtices menores de energia estão espalhados pela anatomia sutil da Natureza, seja um planeta, um corpo, um animal.
Criativa – Kuaarará – som sagrado em Mbyá-guarani. Kua’á se refere ao conhecimento. E “rará” ao esclarecimento. Este é conceito de criatividade para os Mbyá-guaranis.
Fonte da Nabliena Criativa – Nome adotado neste livro para as Cataratas do Iguaçu.
Gaia – a Terra. Hoje é uma teoria segundo a qual a terra é um planeta vivo. Nós somos parte integrante dela.
Manifestação – Neste livro se refere ao que se chama comumente de “saltos”
Mano’ í – O beija-flor. Pássaro Sagrado guarani mencionado nas Belas Palavras como aquele que alimentou Nhamandú em seu paraíso e às vezes se confunde com ele.
Mantra – Palavras carregadas de energia, sons, que ajudam a entrar em conato com outras realidades.
Marma – Seu corpo tem 107 marmas divididos em 18 regiões. Os chacras se encontram nestas regiões de marmas. Ou, em outras palavras, os chacras são marmas maiores segundo o Ayurveda. Os marmas são pontos de controle pelos quais, e se os conhecermos, podemos trabalhá-los em relação ao fluxo de prana (Chi, Baraka, Neblina, Ki). Cada marma trabalha em cima de nadis, chacras e órgãos físicos e sutis.
Mboi ou Mbói – cobra. É de onde vem o “bóia” do português brasileiro na palavra jibóia. As cobras “constrictors” são sagradas. Em algumas tribos estão ligadas à lenda da criação. Na Lenda das Cataratas, tal como se apresenta hoje, Mboi é uma divindade-serpente (não deus).
Mboicy – Também escrito “Boicí”. Mãe de Mboi. Cy é “mãe” em guarani. Nome de um rio e bairro em Foz do Iguaçu. O nome pode ter sofrido influência do sincretismo religioso e querer dar a idéia de Mãe de Deus.
Nadis – São canais por onde fluem a energia sutil universal. No corpo humano são mais de 7 mil nadis.
Neblina – Tatachina em guarani. Também significa fumaça no guarani não-sagrado.
Neblina Criativa – A manifestação física da Neblina são as neblinas das Cataratas. Elas representam o espírito, o sopro da vida, o Prana, o Ki, a Baraka, Bênção. A Fonte da Neblina Criativa – É como este livro chama as Cataratas do Iguaçu.
Neblineiro – é o visitante consciente. Aquele que sabe qual é o valor da Neblina, e vem em sua busca. Neblinero em espanhol e Mist Seeker em inglês.
Moconá – Saltos ou Cataratas no lado argentino da Terra das Muitas Águas que desemboca no rio Uruguai. No Brasil conhecidos como Salto Yucumã. Acesso no Brasil por Itapiranga (RS) na Argentina pela província de Misiones.
Monday – Saltos ou Cataratas localizadas no lado paraguaio da Terra das Muitas Águas (Tríplice Fronteira). Monday não quer dizer segunda-feira como em inglês. É uma palavra guarani. Quer dizer “Águas Roubadas”.
Manifestação – Neste livro se refere ao que comumente se chama de “saltos”
Terra das Muitas Águas – este termo substitui a expressão “Três Fronteiras” ou “Tríplice Fronteira”. E corresponde, na visão do autor, à região (hoje) tri-nacional que tem, em comum, o fato de se encontrar sobre as rochas basálticas da província estrutural da Bacia do Paraná, sob a influência cultural, econômica, física dos rios Paraná e Iguaçu; ser uma região de influência cultural guarani; ser coberta pela floresta sub-tropical úmida ou Mata Atlântica; apresentar solo vermelho e ter inúmeras quedas d´água, cachoeiras, cataratas e saltos. A primeira vez que este termo foi usado foi em 1998 quando da publicação do livro “Na Terra das Muitas Águas”.
Y – água, em guarani. O som primievo desta palavra é um mantra ou um tom da alma. Corresponde ao LAM, mantra sânscrito para o chacra básico.
Y-Guaçu – nesta grafia, palavra hifenada, com “G” maísuculo , sem importar com a grafia da terminação “guaçu,guazú, guassu” se refere às Cataratas do Iguaçu como um Lugar Sagrado. Y-Guaçu como a suprema manifestação do principio balanceado do universo (yin-yang) onde poder e proteção estão presentes. A primeira grafia foi inspirada nas do guarani como é usada no Paraguai. A separação da palavra com hífen simboliza o caráter atemporal, universal, xamânico, místico da palavra. Na segunda, a grafia é a utilizada na Argentina e a terceira é a utilizada no Brasil. Na primeira grafia, a grafia sagrada, se exige que o “Y” seja pronunciado como em guarani. É preciso pedir que uma pessoa avá (guarani) ou um paraguaio a pronuncie. Energeticamente, a pronúncia do “Y”, segundo o guarani, é mais apropriada para propósitos energéticos. Este som corresponde ao tom da vitalidade física, da concretização, da segurança e da determinação. Assim como os hindus acreditam que cada chacra tem uma vibração, um som ou um tom, os “índios” acreditam que cada tom tem um ser. O tom “Y” é um ser e corresponde ao som vibratório do chacra básico que é a morada deste tom. O tom/som (mantra) vibratório correspondente deste chacra em sânscrito é LAM. A palavra está separada ainda para destacar e deixar claro que “Y-Guaçu” é mais que um nome. É uma frase completa, uma oração, um mantra.
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