quinta-feira, novembro 16, 2006

Capítulo 16 - Bem vindo à Agartha

Bem vindo à Agartha

“Bem-vindo aos nossos domínios, almirante.
Nós te deixamos entrar aqui, porque és uma pessoa de bom caráter, e muito conhecida no mundo da superfície.
– Mundo da superfície?
– Sim, responde o mestre. Você está nos domínios dos Arianni. O mundo interior da terra” [1]



Milhares de pessoas no mundo acreditam na existência de uma civilização espiritualmente avançada que vive em um mundo subterrâneo, dentro das partes ocas da Terra. Um desses mundos subterrâneos se chama Agartha. A capital de Agartha é Shambala. E Shambala é parte de uma grande tradição de origem bon-po, budista tibetana e tântrica. Segundo a tradição de Agartha, existem sete entradas no Planeta que dão acesso a este misterioso mundo habitado por seres altamente desenvolvidos. Das sete entradas, três estão perto de nós.

As Cataratas do Iguaçu – é uma delas. A segunda entrada para o mundo de Agartha está no Mato Grosso. E a terceira em Manaus. As Cataratas do Iguaçu – para este livro, a Sagrada Fonte da Neblina Criativa, é a entrada que mais facilmente pode ser identificada. Como sabemos, o que chamamos hoje de Mato Grosso corresponde a dois estados da federação de brasileiros. Mas o Mato Grosso de Agartha pode ir além desses dois estados e incluir o que chamamos de estados de Goiás e Tocantins e parte de Rondônia (lembremo-nos que originalmente, o que os portugueses chamaram de Mato Grosso era a atual Rondônia. Mato Grosso se referia à Floresta de Árvores grandes – mato grosso para os portugueses).

Todos sabemos que esta extensa região chamada de Mato Grosso é mágica. A partir do atual estado de Mato Grosso do Sul, o subsolo é uma enorme província de cavernas. O extenso Mato Grosso é uma região de mistérios, de lendas, de aparições, onde há uma abundância de grupos que se empenham em cultuar estes mistérios. Algumas destas cavernas são conhecidas e exploradas turisticamente como o caso daquelas que ficam nas Serras da Bodoquena onde estão as cidades de Bonito, Bodoquena, Jardim, e Guia Lopes da Fronteira entre outras. Outras cavernas são exploradas por maneiras mais agressivas de indústrias o que é o caso de fábricas de cimento como na Serra da Bodoquena e mineração no Morro do Urucum (MS) ou Serra dos Carajás. Toda a região deste Mato Grosso extenso contém não só uma mas, talvez, muitas entradas para Agartha.

A mesma coisa acontece com Manaus. A Manaus de Agartha pode não se reduzir aos limites do atual município de Manaus. Pode incluir também a região do atual estado de Roraima e as formações encantadas do Planalto da Guiana. Vale deixar claro aqui que Guiana não é só o nome de uma das repúblicas da América do Sul. É o nome de uma misteriosa e bela formação de rochas que unifica, como em um abraço, parte dos territórios Venezuela, Brasil e Guiana. A Manaus de Agartha pode incluir ainda toda a misteriosa região dos muitos rios – a Amazônia, onde não faltam lendas e mitos que também dão conta de mundos e civilizações subterrâneas e subaquáticos.

A lenda do Boto Cor de Rosa é uma destas “lembranças”. Na imaginação popular, os botos são uma raça de gente que vive em cidades no fundo do Rio Amazonas e de outros rios e lagos desta “Manaus”. Os botos necessitam vir à terra, e se misturarem com humanos de vez em quando. Geralmente o encontro termina em uma espécie de abdução quando humanos são levados para ajudar na reprodução da raça. O lugar preferido, pelo botos, para suas abduções são as festas em pequenas comunidades. O boto aparece como um homem educado, conquista a moça que lhe interessa e some.
Há casos, conta-se, de botos fêmeas, aparecerem a pescadores masculinos e também realizarem seus seqüestros amorosos.

Para evitar isso, os moradores sempre desconfiam de pessoas que aparecem de repente. Uma das técnicas de decidir se as pessoas são botos ou gente, é encontrar uma maneira de tirar-lhe o chapéu. Se no topo da cabeça, houver um buraco, o visitante é um boto. Ao transformar-se em humano o boto não consegue esconder o buraco que utiliza para respirar. Nas lendas modernas do Amazonas, há muitos relatos de turistas brancos ou loiros que após uma demorada exposição ao sol não são recebidos por comunidades caboclas ou índias. O motivo é que há muita possibilidade de que gente cor-de-rosa seja, na realidade, um boto disfarçado de “turista”. Os botos são uma lembrança da existência de Agartha.

As lendas que denunciam a existência de mundos subterrâneos também abundam em muitas tribos indígenas brasileiras. As Cataratas do Iguaçu, a Fonte da Neblina Criativa, na oitava dimensão, leva a esta extensa Agartha. A porta de entrada à Agartha via Y-guaçu se encontra no local que, de maneira estranha, recebeu o nome “Garganta do Diabo”. É muito triste que este nome tenha sido dado ao Portal de Agartha. Mas há centenas de portões menores pelos quais se pode entrar à Argatha. Desta maneira, as Cataratas, em sua totalidade são um portão de entrada para uma dimensão de seres altamente desenvolvidos, para uma multi-dimensionalidade além dos sentidos escravizados. Mais uma razão de ser este um Lugar Sagrado de Paz e Poder.

Mas as Cataratas não são simplesmente uma “porta”. É um portal que se abre para outras dimensões. Assim como acontece com o Monte Shasta, com o Lago Titicaca, com Uluro Kattjuta, Glastonbury e Avalon, a Grande Pirâmide, com o Kuh-e-Malek Siah e com o Monte Kailash. É também o que acontece em milhares de outros lugares do Planeta. Esses portais conectam nossas comunidades na dimensão em que vivemos com grandes comunidades de outras dimensões vivendo em templos, ou catedrais, cidades de luz ligados à hierarquia espiritual. O coração deste portal, Nas Cataratas do Iguaçu está no local chamado por “aquele nome”, e é cristalino. Há cristais imensos que formam esse centro de energia cujo brilho pode ser visto por qualquer pessoa que se permita ver. Há relatos de pessoas que, durante o passeio de barco que ocorre aos pés das Cataratas, viram esse grande clarão cristalino e saíram maravilhadas. Geralmente essas pessoas contam a visão a companheiros de viagem que os descartam de maneira abrupta. Tacham-nos de loucos.

Vista por esses olhos da multi-dimensionalidade deste mundo sem fronteiras, entre o que se pode ver e o que não se pode ver, notamos que de Y-guaçu a Brasília, de Brasília ao Titicaca, do Titicaca a Manaus, de Y-guaçu a Santiago, a Córdoba, Mendoza, Tucumán, Salta e Jujuy e deste lugares destacados a milhares de outros no continente sul-americano e fora dele, tudo está energética e espiritualmente conectado. O problema reside em fazer a separação entre a maneira reducionista ocidental de ver e as muitas outras possibilidades de enxergar.

Tomemos Brasília como um exemplo. Para os brasileiros cansados com as manipulações políticas, Brasília nada mais é que um centro nacional de corrupção onde o sofrimento brasileiro é oficializado. Mas a terra onde Brasília foi construída não tem nada a ver com essa tendência patológica da civilização construída sobre ela. Brasília está no cerrado do Planalto Central brasileiro – no centro geodésico do Brasil, um lugar cujas energias naturais são de elevação. Por isso abundam em Brasília, e regiões circunvizinhas, os templos de todas as religiões. Templos abertos a todas as religiões, como o Templo da Boa Vontade, em forma de pirâmide, a Cidade Eclética, o Vale do Amanhecer e movimentos holísticos como a Cidade da Paz. Até a pedra fundamental da cidade lançada em 1922, foi colocada em um local simbólico que é considerado hoje como o “Chacra cardíaco do Brasil”.

Mais do que sua arquitetura, o que chama a atenção de Brasília é a história de seu sonho. Talvez Brasília tenha sido a cidade mais sonhada do mundo. Uma cidade literalmente feita de sonhos. A cidade inaugurada em 1960, e autônoma desde 1990, está na cabeça dos brasileiros desde 1750. Foi nesta época que o cartógrafo Franscisco Tossi apontou a área como propícia para sediar uma futura capital do país. Até o nome Brasília não nasceu da cabeça do presidente Juscelino Kubistschek. O nome Brasília foi proposto pela primeira vez em 1823 por José Bonifácio então membro da Assembléia Constituinte. Lembremos que o Brasil só se tornaria uma República em 1889.

O sonho de Brasília é literalmente um sonho e extrapola as fronteiras nacionais. Uma das coisas que as crianças de Brasília e do Distrito Federal aprendem, na escola, é o sonho histórico do padre italiano Dom Giovanni (João) Bosco, hoje santo católico – fundador da Sociedade de São Francisco de Sales, cujos membros são conhecidos como padres Salesianos. Dom Bosco sonhou e divulgou seu sonho no qual ele viu o nascimento de uma nova civilização que nasceria em uma cidade a ser construída entre os paralelos 15 e 20 graus de latitude Sul. Sobre a região vista no sonho-visão, Dom Bosco disse: “Eu enxergava dentro das profundezas das montanhas e das reentrâncias das planícies. Tinha sob os olhos as riquezas incomparáveis destes países, as quais um dia serão descobertas”.

Juscelino Kubistchek realizou o sonho. Hoje Brasília é Patrimônio Cultural da Humanidade e embora o sonho ande soterrado, na maioria da população, a cidade é especial. Em algum lugar debaixo dela, ou de sua imensa área de influência, está a cidade de “Posid” remanescente de Atlântida. É o que acreditam os povos que buscam o mundo de Agartha.

Notemos que este conceito de Lugares subterrâneos ligados aos locais sagrados é mundial. Entradas secretas para Agartha, Shambala e outras cidades são descritas pelas tradições em muitos locais da Índia, Tibete, Mongólia, Região Autônoma dos Uigurs (Mongólia/China) e muitas outras. O Monte Shasta também abriga um mundo subterrâneo ligado ao antigo, quase mítico, continente da Lemúria. Um continente destruído, assim como a lendária Atlântida, provavelmente pelo abuso da tecnologia.

Outra lenda diz que quando a Lemúria estava afundando, um dos Sete Grandes Mestres da Lemúria, chamado Aramu Muru, que hoje vive no Monte Shasta, recebeu a missão de transportar o Disco Solar Dourado do Templo da Iluminação para o Lago Titicaca. Durante a época do domínio Inca, o Disco Solar foi transferido para Cuzco e colocado no Qorikancha – o principal Templo do Sol, onde permaneceu até a chegada dos espanhóis. Com o perigo imediato, o Disco Solar foi levado de volta para uma cidade chamada Paititi, que fica no fundo do Lago Titicaca. As comunidades parte da rede esotérica mundial afirmam que o Portal do Lago Titicaca foi reaberto em 1997 e desde então está em funcionamento junto com o seu disco solar.

Para concluir este capítulo, citamos os nomes de outras entradas à Agartha localizadas no Planeta: as Cavernas Mammoth no estado de Kentucky (EUA), Manaus, Mato Grosso (Brasil), Cataratas do Iguaçu (Argentina, Brasil), Monte Eporneo (Itália) e Pirâmide de Giza (Egito). Duas outras entradas, são as, em si lendárias Minas do Rei Salomão e das cavernas de Dero. Nos próximos três capítulos, nos dedicaremos a explorar o mundo de nossa realidade. Será a realidade tão real como parece?



[1] Diálogo do livro “A Flight to the Land beyond the North Pole” (Um vôo a uma terra além do Polo Norte) que conta a aventura do almirante Richard E. Byrd da Marinha dos EUA, em 1947. Ed. Inner Light Publications, Box 753, New Brunswick, NJ 089093

2 comentários:

reikiano luz disse...

Olá Jackson
Mesmo sabendo que Brasília é especial e como moradora da cidade, fico feliz que ela esteja entre um dos lugares sagrados da Terra. Como reikiana sei da forca da luz! Obrigada pelo livro on line, voltarei para ler.
abs. Lúcia

Jackson Lima disse...

Oi Lúcia, amiga reikiana, obrigado pelo belo comentário.